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sábado, 25 de maio de 2013

Blood Omen: Legacy of Kain



Título: Blood Omen - Legacy of Kain; 1996
Gênero: RPG/Action
Plataforma: Playstation, PC (Windows)
Desenvolvedora: Silicon Knights / Crystal Dynamics



Blood Omen: Legacy of Kain com certeza é parte de uma das mais complexas sagas do mundo dos games. Para que se entenda a história de forma completa, é necessário que se jogue todos os cinco jogos da série e entender a tamanha confusão envolvendo viagens temporais, paradoxos e eventos caóticos que envolvem o mundo de Nosgoth. Esse é o primeiro jogo da saga, e foi o único que utilizou gráficos 2D e visão de cima, lembrando nosso saudoso Zelda.

História do jogo:


Obviamente que toda saga tem um início, e nesse jogo acompanhamos a história de Kain ainda humano, sendo morto e se transformando em um dos maiores anti hérois da história. O jogo começa com Kain sendo assassinado por humanos e logo depois sendo ressuscitado por um necromante chamado Mortanius e se transformando em um vampiro, que busca vingança e vai atrás dos seus algozes.
Ao longo da história, nos deparamos com o mundo de Nosgoth, seus seres sobrenaturais e também os pilares, que acabam se tornando uma parte essencial da história. Basicamente eles são o equilíbrio do mundo, e graças a eventos acontecidos entre os humanos e os vampiros, esse equilíbrio cai por terra e cabe a Kain ir em busca da restauração, mesmo contra sua vontade. Como a saga possui uma história muito complexa, falar muito acaba estragando a surpresa, pois ao longo do jogo acontecem reviravoltas dos mais diversos tipos. Vale a pena jogar e acompanhar a história e origem de Kain, que veio a se tornar o mais poderoso vampiro já existente.

Impressões e minha experiência:


Terminar Blood Omen foi uma tarefa que completei com satisfação, pois embora o jogo tenha inúmeras falhas, toda a mitologia envolvendo os pilares de Nosgoth e o renascimento de Kain como o vampiro mais poderoso valem a pena de assistir. Eu já tinha terminado esse jogo na época em que foi lançado, porém, não lembrava quase nada da história, até porque em 1996 meu inglês era muito pior do que é hoje, e como o jogo não possui legendas (uma falha atualmente), ficava muito difícil entender o que se passava nos diálogos. Portanto, eu considero essa a primeira vez que terminei Blood Omen.
Dos diversos momentos marcantes na história, confesso que fiquei muito empolgado quando Kain pega pela primeira vez a Soul Reaver (quem jogou toda a saga vai entender), fato que sequer me lembrava, tanto que na hora fiquei “wtf Soul Reaver”, que embora seja uma espada merda no jogo (pois suga seu mana), me deixou com um certo ar de satisfação sabendo que essa espada seria no futuro um dos focos mais importantes da saga envolvendo Kain e Raziel. Outro ponto que curti bastante foram as viagens no tempo, que embora não entrarei em detalhes pra não spoilar, deixam a questão dos paradoxos já bastante claros. Deu a impressão que os criadores já pretendiam criar uma continuação ou prequel, sob essa temática de viagens temporais.
Em relação aos aspectos técnicos do jogo, achei os gráficos decentes pra época, já que jogavámos em televisões CRT e os pixels ficavam bem disfarçados. Um ponto de destaque pra mim foram as dublagens e a trilha sonora do jogo. Os diálogos são muito, mas muito bem feitos, especialmente pra época em que foi lançado, com frases coerentes e explicações diversas sobre a história de Nosgoth e de seus pilares (aprenda Richter Belmont!). Já a trilha dá uma sensação de calmaria às vezes, e outras te deixa com um clima tenso.
Porém nem tudo são flores, e o jogo peca em inúmeros aspectos, especialmente no que diz respeito à jogabilidade e orientação para o jogador. Eu achei a jogabilidade, especialmente nas batalhas, muito, mas muito ruim. A espada não vai pra onde você quer direito, e é impossível lutar corpo a corpo sem apanhar, pois não existe um sistema de defesa ou esquiva, então é uma troca de golpes desenfreada. Já a visão de jogo perde muito com uma barra azul imensa do lado direito da tela, informando seu LIFE e MANA, assim como as armas que você tem equipado. Poderiam fazer estilo Zelda: A Link to the Past e colocarem na parte superior, abrindo mais a tela nas horizontais e permitindo um campo de visão maior, pois a visão padrão do jogo é muito próxima do personagem, e como você enxerga de cima, fica impossível saber a totalidade do mapa e dos inimigos. Isso poderia ser resolvido com a opção já existente de zoom, que é feita com o botão L1; porém, quando a utilizamos, o jogo fica muito distante e sem definição alguma, ou seja, não agrada a gregos nem a troianos. Tive que jogar com o Kain colado na tela muitas vezes, nunca sabendo onde os inimigos vinham. Também existe uma visão panorâmica que funciona até, sendo selecionada com o botão L2, mas infelizmente não salva esse ponto que considero um dos piores do jogo.
A orientação também mata qualquer player menos experiente. Simplesmente o jogo te diz pra onde ir, mas o mapa é muito, muito mal feito, embora bem desenhado, tem uma péssima usabilidade. É tipo dar o mapa da Terra Média e falar “se vira mermão”. Mesmo a visão panorâmica não te ajuda muito. A falta de legendas, embora comum na época, faz uma falta incrível pras pessoas que não entendem bem o inglês falado, até mesmo por causa de diálogos mais complexos. Outro ponto que achei absurdo e sinceramente não entendo como na época aguentei (talvez devido ao costume) foram os loadings. NOSSA, é muito, muito absurdo o tempo de loading para abrir o mapa, para abrir um menu, etc. Mesmo jogando via .ISO no PS3, o loading é muito demorado. Imaginem para os PSX’S “desalinhados” na época?
Enfim, Blood Omen: Legacy of Kain é um jogo muito interessante para os players que curtem a história de mitologia envolvendo essa saga fabulosa de viagens temporais e realidades alternativas, que se extende pro mais quatro jogos: Soul Reaver, Soul Reaver 2, Blood Omen 2 e Legacy of Kain: Defiance. Porém, se você é um jogador já acostumado com a geração PS2 e PS3, esqueça. Os gráficos são bem “feios” e você provavelmente irá se irritar com os loadings. De qualquer forma, pros destemidos, é um jogo muito legal e que vai fazer você ficar irritado algumas horas, especialmente por não saber onde ir.


Prós:
História Fantástica
Diálogos muito bem produzidos
Trilha sonora excelente

Contras:
Não há legendas
Mapa confuso
Opções de Zoom deixam perto ou longe demais
Combate ruim
Loadings simplesmente absurdos

PS: Vou completar toda a saga "Legacy of Kain" na ordem. Já estou jogando Soul Reaver, que é a continuação direta de Blood Omen.
Abraços a todos!

Algumas telas do jogo:

Blood Omen - Screenshots

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Castlevania - Symphony of the Night

Título: Castlevania – Symphony of the Night
Ano: 1997
Gênero: Aventura exploratória – Conhecido como “Metroidvania”
Plataforma: Playstation, Sega Saturn
Desenvolvedora: Konami


Qual o ser humano que joga videogame e nunca ouviu falar da série Castlevania? Desde os tempos remotos do saudoso Nintendo 8 bits que essa série vem fazendo história no mundo dos games, tornando os Belmonts como uma das mais conhecidas famílias caçadoras de vampiros. Porém, nesse jogo, o héroi principal não é um Belmont, mas sim Alucard, o filho “rebelde” do Conde Drácula, inimigo mortal dos humanos. Esse game foi um dos responsáveis pela revitalização do gênero originalmente visto em Metroid e Super Metroid, de Nes e Super Nes, respectivamente. Castlevania SOTN se tornou tão famoso que cunhou um novo tipo de jogo, chamado por muitos de “Metroidvania”, que são os jogos em 2D no qual o principal foco é explorar diversas áreas e descobrir segredos, assim acessando novas áreas. Vamos ao jogo!

História

Como todo game da série Castlevania (pelo menos a grande maioria deles), você se encontra mais uma vez em conflito com o grande inimigo da humanidade, Conde Drácula, ressuscitado novamente para atormentar os pobres mortais e tentar jogar o mundo na eterna escuridão (ô clichê...). A história do jogo se inicia justamente no final do saudoso Castlevania – Rondo of Blood, do PC Engine, mostrando a luta entre o Conde e o caçador de vampiros Richter Belmont, que obviamente o derrota e mais uma vez justifica a fama da família Belmont em acabar com o vilão. Logo após esse prólogo, o jogo se inicia, mostrando que alguns anos se passaram e Richter sumiu misteriosamente. Para as coisas se tornarem mais curiosas, o castelo Castlevania (que é o nome do castelo do Drácula) surge mais uma vez atormentando os moradores da região. E agora? Como faremos sem um Belmont para salvar os humanos?
É ai que entra o filho “bastardinho” do Drácula, que se chama Alucard (uau, super original não?) que decide ir ao castelo e dar cabo de uma vez por todas do seu pai. Vale lembrar que Alucard foi um aliado importante da família Belmont no passado, ajudando Trevor Belmont em sua luta, retratada no jogo Castlevania III – Dracula’s Curse, do Nes (que obviamente irei terminar). Voltando ao game em questão, este começa basicamente começa com a chegada de Alucard no castelo de Drácula e seu encontro inicial com Death, que já de início rouba todos seus equipamentos e te deixa na pindaíba. Daí em diante, cabe ao jogador desvendar o mistério do famigerado Castlevania e descobrir quem está por trás de todos esses eventos.

Impressões

Embora eu já tivesse jogado Castlevania no ano de seu lançamento, em 1997, no meu falecido PSX, joga-lo novamente foi uma experiência diferente e compensadora. Atualmente é bastante difícil sairem jogos legais nesse estilo, que possuam carisma e que te deixem horas a fio procurando e procurando itens para abrir novas áreas. Nessa nova jogada, fiquei quase 2 horas para achar a forma de névoa e de morcego, pois não fazia idéia de onde estavam (fato que na primeira jogada devo ter visto por acaso, pois foi um saco pra achar). De qualquer forma, o jogo te faz querer explorar cada vez mais, graças ao sistema de experiência, que acaba compensando o jogador em matar os mesmos inimigos milhões de vezes. Terminei o jogo com 198,4%, sendo que o total são 200% na versão PSX e se não me engano 200,8% na versão do Sega Saturn (que infelizmente não possuo.. –AINDA- :D). Não tentei fazer 200% pois eram coisas que na minha opinião não iriam afetar a história propriamente dita, já que eu fui na intenção de ver o final real do jogo (que você só consegue abrindo o Castelo invertido).
Dessa vez, graças ao meu PS3 pipipitchu(!!!), consegui jogar o game original japonês traduzido por fãs, que sinceramente, faz parecer outro jogo! Ninguém merece aquele diálogo inicial do Richter falando “Die Monster!”. Sério, é muito, muito ruim! Parece que os dubladores estavam tipo tomando um chá e tal e decidiram “ah vamo dublar essa porra logo”. Os diálogos japoneses são maravilhosos e cheios de emoção. A voz de Death ficou muito, muito boa, e o diálogo final do Drácula ficou muito emocionante. Recomendo a quem jogar nos emuladores, usar a versão japonesa traduzida, para ter uma experiência bem melhor. Quem não jogou esse game, por favor, jogue-o mais rápido possível, pois você está perdendo um dos melhores jogos já produzidos!
Em breve irei terminar outros da saga Castlevania, mas meu foco em vampiros agora será outro, voltado para a série Legacy of Kain, que em breve terão textos aqui!
Abraços a todos!


Algumas imagens:

Symphony of the Night - Screenshots