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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Por quê a Nintendo ainda é a Nintendo.

   Sei que esse post parece estar vindo de um fanboy da Nintendo, e já começo dizendo que não sou nem de longe fanático pela empresa. Porém, tenho que concordar que mesmo estando em baixa na atualidade, acumulando um prejuízo de bilhões de doláres, essa gigante dos games ainda possui um carisma e magia que considero o ponto chave e que em algumas empresas, especialmente a Microsoft, faz uma tremenda falta. Obviamente que isso é apenas uma opinião pessoal baseada em reflexões após ler uma notícia, e explicarei o motivo.

   Hoje de manhã li a notícia no blog Nintendo Blast sobre o possível lineup da Nintendo na feira E3, que como falei no post anterior, é considerada uma das maiores feiras de games da atualidade. Confesso que quando vi o conteúdo da lista, pensei na mesma hora: "a Nintendo ainda consegue cativar o público". Simplesmente pelo fato de que quando decide anunciar uma nova versão de uma franquia conhecida, como por exemplo, Zelda, Metroid, Super Mario, Donkey Kong e alguns outros, há um rebuliço enorme na comunidade gamer, que esperam ansiosamente por uma nova sequência, já sabendo que com certeza será um ótimo jogo. 

   Qual o motivo disso? de todas as empresas de games, a Nintendo consegue essa atenção especial a cada franquia famosa lançada, e o principal: não é aquele tipo de franquia que sai de ano em ano. Parece que a big N espera pacientemente por um período e na ocasião em que mais está precisando, decide mostrar as novidades. Há uma certa "magia" envolvida nos seus lançamentos, pelo menos para mim e acredito eu para outras pessoas que curtem a empresa. Mesmo estando com seu atual console, o WII U, com poucas vendas e amargando com jogos, a empresa ainda procura satisfazer os fãs de carteirinha, tentando retomar seu antigo prestígio, com títulos de nome e sinônimos de qualidade.

   A suposta lista com os lançamentos pode ser conferida nesse endereço. Realmente fiquei empolgado com os lançamentos da Nintendo, que possivelmente me farão comprar um 3DS e quem sabe, um WiiU. Metroid 3D, Zelda, Star Fox, Mario Kart e além de tudo, o Virtual Console pro WiiU, com games de Gamecube, outro vídeogame que foi esquecido por muitos, mas ainda é cultuado por alguns, possuindo títulos de extrema qualidade. Obviamente que outras empresas possuem lançamentos de peso, e que também me empolgam, mas não sei o porquê, a Nintendo tem algo a mais. Talvez o motivo seja a nostalgia de uma época que já passou, onde os jogos tinham um encanto diferente da atualidade, mas vai saber né? Sei que espero ansiosamente por essa line up, e ainda torço que a Big N saia de uma espécie de limbo que amarga desde o Super Nintendo.







  




sexta-feira, 16 de maio de 2014

A mesmice dos games: estamos caminhando à remakes infinitos?

   Primeiramente gostaria de dizer que todo o conteúdo desse texto se baseia em minha opinião sobre games. Não considero que seja a verdade absoluta, porém acredito que faça algum sentido, pois não sou o único que discorre sobre esse assunto na atualidade. E como me considero um gamer, já que possivelmente joguei mais de 1000 jogos, acredito que tenho algo a acrescentar na comunidade.

   Nos últimos dias está circulando pela internet a lista com o conteúdo a ser apresentado na E3 de 2014; para quem não sabe, a E3 é considerada a maior feira de games da atualidade. Nessa lista, estavam contidos diversos lançamentos para as plataformas atuais, e foi nesse momento que bateu um certo medo em minha pessoa, pois vi que a lista possuia títulos que já estão em sua quarta ou quinta sequência, aparentemente mudando algo aqui ou ali, mas mantendo as mesmas mecânicas.

   A idéia aqui não é questionar sobre os títulos em si, mas sim analisar como a indústria de games caiu em uma espécie de limbo criativo. Das grandes empresas, como Sony, Microsoft, Square-Enix, Capcom, Ubisoft e outras, não vemos nada além de uma repetição de mecânicas de gameplay com uma história diferente e gráficos cada vez melhores. Mas o que será que está acontecendo? será que realmente estamos vivendo em um vazio de idéias criativas dessas produtoras? Acredito que não. Acho que tudo está relacionado com a própria configuração da indústria atual, buscando sua lucratividade ao máximo, e com isso procurando abranger todos os jogadores possíveis. Além disso segue a famosa máxima "não se mexe em time que está ganhando". Mas um dia o time perde.

   Atualmente temos basicamente três vertentes: os jogos das grandes empresas, os jogos indies e os jogos de empresas que ainda tentam manter acesa a chama da criatividade. Nesse quesito, podemos destacar alguns jogos como Dark Souls 2, que embora siga uma fórmula de gameplay da versão anterior, trouxe elementos novos e dificuldade ao jogador, retomando algo esquecido há tempos: a sensação de conquista. Os jogos indies também tentam buscar a glória do passado, com produções que não se importam tanto com gráficos mas sim com a experiência do jogador, sempre trazendo desafios a cada nova jogada. Um dos jogos que mais me divertiu foi o Super Amazing Wagon Adventure, jogo indie de xbox que possui gráficos de Atari, porém com uma história muito, mas muito engraçada e divertida.

   Já as grandes produtoras...Bem, temos gráficos espetaculares, que com certeza irão se tornar mais espetaculares, especialmente se a lista realmente for verdadeira. Porém, estamos perdendo muito em relação à experiência do jogador, com as mecânicas de determinados jogos, como Gears of War, God of War, Uncharted mudando levemente a cada jogo. Associe isso a uma narrativa que caminha pela mesma linha de roteiro, tornando a experiência maçante, na qual o jogador quer atingir rapidamente o clímax e não se preocupa em aproveitar cada momento do jogo, basicamente lembrando as produções de ação de Hollywood.

   A questão é: por que os jogos antigos possuiam a MESMA mecânica e eram tão cativantes? Jogos  como Megaman, Castlevania, Contra, Donkey Kong, Metroid possuiam muitos elementos parecidos em relação ao gameplay, mas eram sucessos absolutos e o jogador aproveitava a cada minuto? Na minha opinião, tudo está baseado no desafio, que não é mais apresentado nos jogos de hoje, onde basta apertar alguns botões e ir em linha reta para termina-los. Incluo nessa lista Uncharted e Last of Us, que apesar de serem games excelentes, caem na mesmice hollywoodiana gamística. 

   Talvez um dos únicos jogos que foge desse marasmo seja a série ZELDA, que embora possua elementos em comum no gameplay, a cada jogo apresenta uma narrativa diferente e que traça linhas não habituais na forma de contar a história. Além disso, puzzles garantem uma maior diversão e dificuldade, mais uma vez trazendo à tona o assunto "desafio". Olha que nem sou fanboy da série, mas tenho de admitir que ela faz bem seu trabalho. Outro jogo que inova sempre nesse quesito é a série GTA, trazendo um roteiro muito bem trabalhado e que prende o jogador, embora não possua um desafio convincente.

   Enfim, acho que as grandes empresas continuarão a seguir com essa fórmula maçante e desnecessária, produzindo jogos repetitivos e com gráficos espetaculares, agrandando à grande maioria dos players. Tentarão enganar os jogadores mais "hardcore" com remakes meia-boca feitos apenas pra ganhar um trocadinho. Porém, jogadores como eu, irão sempre preferir os jogos que mais trazem desafio e sensação de conquista. Obviamente que aproveitar os gráficos maravilhosos de um Uncharted 4 não fará mal a ninguém, né?