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sábado, 26 de janeiro de 2013

Guardar pra quê? Se eu não sei o que fazer!



  Em uma discussão com um amigo via facebook, chegamos em um tópico interessante, que me fez refletir muito sobre e até hoje não consigo achar uma resposta convincente. É a atual síndrome de guardar tudo que você possui no PC, com dispositivos de armazenamento de dados cada vez maiores. Eu lembro quando era mais novo e comprei meu primeiro notebook (um 486 dx22!!), que por sinal não tinha drive de cd rom. Tive que instalar o Windows 95 através de disquetes. Isso mesmo, disquetes 3'1/2 que armazenavam cerca de 1.44m. Foram mais de 15 discos, e se desse erro em qualquer um deles, já era. Disquetes eram muito, muito frágeis. Enfim.. Hoje em dia 1.44megabytes não servem para nada basicamente, e temos dispositivos do tamanho de unhas que comportam cerca de mais de 4000 disquetes. 
     A velocidade em que surgem os novos dispositivos de armazenamento com uma capacidade cada vez maior é absurda, levando pessoas que acompanham a evolução do computador desde o começo a terem uma mania a qual me incluo: de armazenar coisas. Dos diversos arquivos que guardo, tanto em DVD'S quando no disco rígido, se incluem filmes, músicas, quadrinhos e livros digitais. Mesmo sabendo que possuo uma internet rápida e que baixo um filme em questão de minutos, tenho a necessidade de guardar. Não sei se é algo que adquiri das minhas experiências arquivísticas, mas é muito díficil que eu apague um filme ou uma série sem antes ter guardado e catalogado em minha listagem. Parece ser eficaz, mas quando vejo, tenho mais de 50 dvd's de filmes, que provavelmente verei uma vez ou duas, ou sequer nenhuma, dependendo da porcaria que seja.
     Sinceramente não sei se é uma questão cultural das pessoas mais velhas, pois percebo que os mais jovens tem uma cultura tão imediatista, que assistem algo e logo após o descartam. Possivelmente existem pontos negativos e positivos em ambos os lados, que pretendo analisar mais a fundo algum dia desses. Porém, pelo que observo no dia a dia, as próprias empresas estimulam essa cultura de armazenar dados e dados, obviamente buscando o lucro. Compramos dispositivos cada vez maiores e maiores! Vai dizer que você não se sente orgulhoso quando fala "Tenho 5 terabytes de HD". Duvido que não!
     Hoje em dia estamos começando a nos deparar com a chamada "cloud computing", que basicamente são hd's virtuais, porém ainda encontram problemas de aspecto legal e também de segurança. Talvez esse seja um dos pontos que eu quero chegar: a segurança. A questão "paterna" com seus pertences. Você ter aquilo  físico do seu lado te passa uma segurança a mais do que ter em um servidor que com um ataque virtual pode ser deletado e todos seus anos de acumulação de documentos, filmes, músicas, etc serem deletados do mapa. Com certeza eu ficaria louco.
     A questão que ainda não achei resposta é: será que vale a pena guardar tantos dados? Temos que nos policiar, assim com no consumismo, para evitarmos guardar qualquer coisa que achamos importante, mas que depois de 30 dias sequer nos lembramos dela? Essa é uma questão que procuro responder, e aos poucos pareço estar ficando mais relaxado, pois atualmente já consigo deletar coisas que acho ruins, embora ainda bata um peso na consciência do tipo: "e se eu quiser assistir ou ouvir de novo?". É complicado!

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