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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Realidade Aumentada e possíveis aplicações

     Voltando ao principal foco do blog, hoje vou abordar uma tecnologia já existente, e por incrível que pareça, pouco conhecida pelo público "leigo" (os não geek's e nerds) em geral. Se trata da chamada "Realidade Aumentada" (em inglês, Augmented Reality).
     
      A Realidade Aumentada é uma tecnologia que consegue fazer com que informações digitais sejam visualizadas em um ambiente real, e se caracteriza por ser interativa e processada em tempo real, em três dimensões. Geralmente essas informações virtuais são visualizadas através de dispositivos eletrônicos com câmeras digitais, que criam um ambiente interativo, misto, e em tempo real.

     Como uma imagem vale mais que mil palavras, seguem alguns vídeos que dão uma idéia do que seja:





     O vídeo acima é bem didático e explica de forma simples como funciona. O vídeo que é mostrado abaixo aborda uma utilização prática dessa tecnologia:




     Esses dois vídeos já conseguem dar uma visão bem otimista de como essa tecnologia poderá ser útil. Particularmente consigo imaginar aplicações fabulosas, especialmente para a educação. Imagine uma visita ao museu, com óculos que permitam que você interaja com objetos virtuais, ou então informações surgindo em tempo real? Seria fabuloso. Fico imaginando como seria uma aplicação dessas na área arquivística; talvez no ato de pegar um documento você teria todos os dados disponíveis em uma interface de fácil visualização, ao invés de sistemas complexos de banco de dados. São infinitas possibilidades de uso, mas que infelizmente ainda estão em desenvolvimento. Existem até projetos de criação de lentes de contato que funcionem como ferramenta de interação, e confesso que seria muito legal você ter inserido na sua experiência visual outros dados além do que estamos acostumados a observar.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Guardar pra quê? Se eu não sei o que fazer!



  Em uma discussão com um amigo via facebook, chegamos em um tópico interessante, que me fez refletir muito sobre e até hoje não consigo achar uma resposta convincente. É a atual síndrome de guardar tudo que você possui no PC, com dispositivos de armazenamento de dados cada vez maiores. Eu lembro quando era mais novo e comprei meu primeiro notebook (um 486 dx22!!), que por sinal não tinha drive de cd rom. Tive que instalar o Windows 95 através de disquetes. Isso mesmo, disquetes 3'1/2 que armazenavam cerca de 1.44m. Foram mais de 15 discos, e se desse erro em qualquer um deles, já era. Disquetes eram muito, muito frágeis. Enfim.. Hoje em dia 1.44megabytes não servem para nada basicamente, e temos dispositivos do tamanho de unhas que comportam cerca de mais de 4000 disquetes. 
     A velocidade em que surgem os novos dispositivos de armazenamento com uma capacidade cada vez maior é absurda, levando pessoas que acompanham a evolução do computador desde o começo a terem uma mania a qual me incluo: de armazenar coisas. Dos diversos arquivos que guardo, tanto em DVD'S quando no disco rígido, se incluem filmes, músicas, quadrinhos e livros digitais. Mesmo sabendo que possuo uma internet rápida e que baixo um filme em questão de minutos, tenho a necessidade de guardar. Não sei se é algo que adquiri das minhas experiências arquivísticas, mas é muito díficil que eu apague um filme ou uma série sem antes ter guardado e catalogado em minha listagem. Parece ser eficaz, mas quando vejo, tenho mais de 50 dvd's de filmes, que provavelmente verei uma vez ou duas, ou sequer nenhuma, dependendo da porcaria que seja.
     Sinceramente não sei se é uma questão cultural das pessoas mais velhas, pois percebo que os mais jovens tem uma cultura tão imediatista, que assistem algo e logo após o descartam. Possivelmente existem pontos negativos e positivos em ambos os lados, que pretendo analisar mais a fundo algum dia desses. Porém, pelo que observo no dia a dia, as próprias empresas estimulam essa cultura de armazenar dados e dados, obviamente buscando o lucro. Compramos dispositivos cada vez maiores e maiores! Vai dizer que você não se sente orgulhoso quando fala "Tenho 5 terabytes de HD". Duvido que não!
     Hoje em dia estamos começando a nos deparar com a chamada "cloud computing", que basicamente são hd's virtuais, porém ainda encontram problemas de aspecto legal e também de segurança. Talvez esse seja um dos pontos que eu quero chegar: a segurança. A questão "paterna" com seus pertences. Você ter aquilo  físico do seu lado te passa uma segurança a mais do que ter em um servidor que com um ataque virtual pode ser deletado e todos seus anos de acumulação de documentos, filmes, músicas, etc serem deletados do mapa. Com certeza eu ficaria louco.
     A questão que ainda não achei resposta é: será que vale a pena guardar tantos dados? Temos que nos policiar, assim com no consumismo, para evitarmos guardar qualquer coisa que achamos importante, mas que depois de 30 dias sequer nos lembramos dela? Essa é uma questão que procuro responder, e aos poucos pareço estar ficando mais relaxado, pois atualmente já consigo deletar coisas que acho ruins, embora ainda bata um peso na consciência do tipo: "e se eu quiser assistir ou ouvir de novo?". É complicado!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Primeira postagem: sempre traumática!

     Olá a todos! Sempre que começo um blog novo, paro e desisto, por falta de inspiração ou sei lá o quê. Mas esse aqui será o definitivo. Aqui pretendo discutir inúmeras questões, que vão desde textos com conteúdo filosófico até mesmo questões referentes a àrea que trabalho, Arquivologia e a área que pretendo ingressar, UX, ou para os íntimos, User Experience. Não sou sensível, nem suave. Irei criticar certas coisas baseadas em meu entendimento de mundo, e espero que as pessoas tenham o mínimo de educação para comentar, tanto concordando quanto discordando! Na verdade quero mais que vocês discordem, pois assim poderemos discutir e adquirir conhecimento! Como toda primeira postagem, tem aquele lance de "Me chamo Patrick bla bla bla", mas decidi colocar um texto que tinha publicado em um blog de contos de horror que eu tinha (que não escrevi nenhum conto de horror na verdade) para me apresentar de forma mais agradável. O título da postagem original era "Quem sou eu", e se tratava de um texto que escrevi em uma entrevista de emprego e não me aprovaram =(. Então lá vai!

Quem sou eu?

     A questão do auto conhecimento, de saber quem somos nós, anda junto com a própria história da humanidade. Desde a Grécia antiga, passando pelo Budismo, sempre houve uma necessidade de saber de onde viemos, pra onde vamos, e também de saber quem nós somos no mundo. Pessoas podem passar uma vida toda sem sequer fazer essa pergunta. E os que se indagam, podem passar a vida toda procurando respostas e jamais as achando, enquanto seres vivos pensantes. Isso se deve ao fato de que seres humanos são mutáveis, em constante adaptação, vindos de diversas culturas, formulando diversos conceitos, tentando achar respostas pra uma questão tão delicada. Quem é você? Quem somos nós? Quem sou eu?

     Eu sou Patrick, porém, não sou somente essa alcunha. É apenas um nome, uma identificação perante a sociedade. Sou algo a mais que isso, algo que define "Patrick" não apenas como um nome, mas como um ser com essência. Sou um livro do "Bukowski", com suas tiradas irônicas e muitas vezes engraçadas. Sou uma fotografia de Cartier-Bresson, que via o mundo na altura dos olhos, pelo olhar mágico de sua câmera. Sou um solo de guitarra do Jimi Hendrix, que arrepia qualquer pessoa que o escute, mesmo que essa não goste de Rock. Sou o que há de melhor no meu pai e o que havia de pior na minha mãe, e vice-versa. Sou o conjunto de experiências que já vivi, e ao mesmo tempo também sou o conjunto de experiências que ainda irei viver, já que ao mesmo tempo que escrevo esse texto, já estou me modificando. Sou tudo isso, e também algo mais, impossível de explicar em palavras, já que emoções, sentimentos e pensamentos muitas vezes estão em um plano de abstração além das palavras. Enfim, quem sou eu? Não sei dizer.

     Apenas sei que nem sempre me indago, nem sempre vivo me questionando. Sei que existo, porém nem sempre há espaços para essa indagação, pois muitas vezes não somos o que queremos ser, e sim o que os outros querem que nós sejamos. É o reflexo da vida em sociedade, felizmente ou infelizmente. Me definir é algo que não cabe somente a mim, mas também a você, que está lendo isso. Então me responda, quem sou eu?