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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Por quê a Nintendo ainda é a Nintendo.

   Sei que esse post parece estar vindo de um fanboy da Nintendo, e já começo dizendo que não sou nem de longe fanático pela empresa. Porém, tenho que concordar que mesmo estando em baixa na atualidade, acumulando um prejuízo de bilhões de doláres, essa gigante dos games ainda possui um carisma e magia que considero o ponto chave e que em algumas empresas, especialmente a Microsoft, faz uma tremenda falta. Obviamente que isso é apenas uma opinião pessoal baseada em reflexões após ler uma notícia, e explicarei o motivo.

   Hoje de manhã li a notícia no blog Nintendo Blast sobre o possível lineup da Nintendo na feira E3, que como falei no post anterior, é considerada uma das maiores feiras de games da atualidade. Confesso que quando vi o conteúdo da lista, pensei na mesma hora: "a Nintendo ainda consegue cativar o público". Simplesmente pelo fato de que quando decide anunciar uma nova versão de uma franquia conhecida, como por exemplo, Zelda, Metroid, Super Mario, Donkey Kong e alguns outros, há um rebuliço enorme na comunidade gamer, que esperam ansiosamente por uma nova sequência, já sabendo que com certeza será um ótimo jogo. 

   Qual o motivo disso? de todas as empresas de games, a Nintendo consegue essa atenção especial a cada franquia famosa lançada, e o principal: não é aquele tipo de franquia que sai de ano em ano. Parece que a big N espera pacientemente por um período e na ocasião em que mais está precisando, decide mostrar as novidades. Há uma certa "magia" envolvida nos seus lançamentos, pelo menos para mim e acredito eu para outras pessoas que curtem a empresa. Mesmo estando com seu atual console, o WII U, com poucas vendas e amargando com jogos, a empresa ainda procura satisfazer os fãs de carteirinha, tentando retomar seu antigo prestígio, com títulos de nome e sinônimos de qualidade.

   A suposta lista com os lançamentos pode ser conferida nesse endereço. Realmente fiquei empolgado com os lançamentos da Nintendo, que possivelmente me farão comprar um 3DS e quem sabe, um WiiU. Metroid 3D, Zelda, Star Fox, Mario Kart e além de tudo, o Virtual Console pro WiiU, com games de Gamecube, outro vídeogame que foi esquecido por muitos, mas ainda é cultuado por alguns, possuindo títulos de extrema qualidade. Obviamente que outras empresas possuem lançamentos de peso, e que também me empolgam, mas não sei o porquê, a Nintendo tem algo a mais. Talvez o motivo seja a nostalgia de uma época que já passou, onde os jogos tinham um encanto diferente da atualidade, mas vai saber né? Sei que espero ansiosamente por essa line up, e ainda torço que a Big N saia de uma espécie de limbo que amarga desde o Super Nintendo.







  




sexta-feira, 16 de maio de 2014

A mesmice dos games: estamos caminhando à remakes infinitos?

   Primeiramente gostaria de dizer que todo o conteúdo desse texto se baseia em minha opinião sobre games. Não considero que seja a verdade absoluta, porém acredito que faça algum sentido, pois não sou o único que discorre sobre esse assunto na atualidade. E como me considero um gamer, já que possivelmente joguei mais de 1000 jogos, acredito que tenho algo a acrescentar na comunidade.

   Nos últimos dias está circulando pela internet a lista com o conteúdo a ser apresentado na E3 de 2014; para quem não sabe, a E3 é considerada a maior feira de games da atualidade. Nessa lista, estavam contidos diversos lançamentos para as plataformas atuais, e foi nesse momento que bateu um certo medo em minha pessoa, pois vi que a lista possuia títulos que já estão em sua quarta ou quinta sequência, aparentemente mudando algo aqui ou ali, mas mantendo as mesmas mecânicas.

   A idéia aqui não é questionar sobre os títulos em si, mas sim analisar como a indústria de games caiu em uma espécie de limbo criativo. Das grandes empresas, como Sony, Microsoft, Square-Enix, Capcom, Ubisoft e outras, não vemos nada além de uma repetição de mecânicas de gameplay com uma história diferente e gráficos cada vez melhores. Mas o que será que está acontecendo? será que realmente estamos vivendo em um vazio de idéias criativas dessas produtoras? Acredito que não. Acho que tudo está relacionado com a própria configuração da indústria atual, buscando sua lucratividade ao máximo, e com isso procurando abranger todos os jogadores possíveis. Além disso segue a famosa máxima "não se mexe em time que está ganhando". Mas um dia o time perde.

   Atualmente temos basicamente três vertentes: os jogos das grandes empresas, os jogos indies e os jogos de empresas que ainda tentam manter acesa a chama da criatividade. Nesse quesito, podemos destacar alguns jogos como Dark Souls 2, que embora siga uma fórmula de gameplay da versão anterior, trouxe elementos novos e dificuldade ao jogador, retomando algo esquecido há tempos: a sensação de conquista. Os jogos indies também tentam buscar a glória do passado, com produções que não se importam tanto com gráficos mas sim com a experiência do jogador, sempre trazendo desafios a cada nova jogada. Um dos jogos que mais me divertiu foi o Super Amazing Wagon Adventure, jogo indie de xbox que possui gráficos de Atari, porém com uma história muito, mas muito engraçada e divertida.

   Já as grandes produtoras...Bem, temos gráficos espetaculares, que com certeza irão se tornar mais espetaculares, especialmente se a lista realmente for verdadeira. Porém, estamos perdendo muito em relação à experiência do jogador, com as mecânicas de determinados jogos, como Gears of War, God of War, Uncharted mudando levemente a cada jogo. Associe isso a uma narrativa que caminha pela mesma linha de roteiro, tornando a experiência maçante, na qual o jogador quer atingir rapidamente o clímax e não se preocupa em aproveitar cada momento do jogo, basicamente lembrando as produções de ação de Hollywood.

   A questão é: por que os jogos antigos possuiam a MESMA mecânica e eram tão cativantes? Jogos  como Megaman, Castlevania, Contra, Donkey Kong, Metroid possuiam muitos elementos parecidos em relação ao gameplay, mas eram sucessos absolutos e o jogador aproveitava a cada minuto? Na minha opinião, tudo está baseado no desafio, que não é mais apresentado nos jogos de hoje, onde basta apertar alguns botões e ir em linha reta para termina-los. Incluo nessa lista Uncharted e Last of Us, que apesar de serem games excelentes, caem na mesmice hollywoodiana gamística. 

   Talvez um dos únicos jogos que foge desse marasmo seja a série ZELDA, que embora possua elementos em comum no gameplay, a cada jogo apresenta uma narrativa diferente e que traça linhas não habituais na forma de contar a história. Além disso, puzzles garantem uma maior diversão e dificuldade, mais uma vez trazendo à tona o assunto "desafio". Olha que nem sou fanboy da série, mas tenho de admitir que ela faz bem seu trabalho. Outro jogo que inova sempre nesse quesito é a série GTA, trazendo um roteiro muito bem trabalhado e que prende o jogador, embora não possua um desafio convincente.

   Enfim, acho que as grandes empresas continuarão a seguir com essa fórmula maçante e desnecessária, produzindo jogos repetitivos e com gráficos espetaculares, agrandando à grande maioria dos players. Tentarão enganar os jogadores mais "hardcore" com remakes meia-boca feitos apenas pra ganhar um trocadinho. Porém, jogadores como eu, irão sempre preferir os jogos que mais trazem desafio e sensação de conquista. Obviamente que aproveitar os gráficos maravilhosos de um Uncharted 4 não fará mal a ninguém, né?



quarta-feira, 30 de abril de 2014

XBOX ONE vai pra China!



É, parece que a Microsoft dessa vez deu uma rasteira na Sony, e com certeza vai chegar perto ou até mesmo equiparar o número de consoles vendidos, que até o momento estão nas mãos da empresa japonesa.

A Microsoft será  a primeira empresa de videogames autorizada a comercializar games na China, após a restrição proibindo a venda de consoles estrangeiros. A proibição aconteceu há 14 anos, e até então, só deu uma diminuída com a expansão da zona de comércio livre de Shangai. A empresa americana irá comercializar seu produto em parceria com a BestTV New Media Co, uma subsidiária da China Shangai Media Group. 

Achei genial essa jogada da Microsoft. Buscou um mercado gigantesco, através de acordos e agora possivelmente irá assumir uma posição confortável de vendas no país, já que as demais empresas (Nintendo e Sony) ainda estão tentando penetrar no país. Pelas estatísticas oficiais, o PS4 já vendeu aproximadamente 7 milhões de unidades no mundo todo, enquanto o Xbox One possui aproximadamente 3 milhões de consoles totalizados.

Com a novidade, é possível que a Microsoft consiga chegar perto dessa marca se a Sony não correr atrás. Obviamente que será necessária uma campanha de marketing forte da empresa, para que atraia a atenção dos consumidores chineses a comprarem seu console.  De qualquer forma, é uma ótima notícia pros gamers chineses.

Matéria original: GeekWire



sábado, 29 de junho de 2013

Matrix: uma visão da veracidade da informação digital.

Boa tarde a todos. 
Parando um pouco o desafio dos 1001 jogos (projeto à parte do blog), estou postando uma resenha que fiz para o curso de Arquitetura da Informação que faço, e decidi analisar o filme "Matrix", de 1999, produzidos pelos irmãos Wachowski, fazendo uma analogia com os movimentos sociais online de hoje em dia e a questão da informação ser real ou não. Espero que curtam! 

Resenha:
É praticamente impossível fazer um levantamento dos filmes que abordam questões existenciais e filosóficas e não mencionar “Matrix”. O filme, dirigido pelos irmãos Wachowski, foi lançado em 1999 e rapidamente se tornou um fênomeno cultural entre os amantes do cinema “cyberpunk”, genêro que até então andava bastante escasso dentro da indústria cinematográfica. Mas qual o motivo do filme ter feito tanto sucesso e quais as questões abordadas em seu enredo? Podemos destacar várias, como filosofia oriental, questões inerentes ao “eu”, interação entre homem/máquina, e obviamente a questão que este texto visa analisar, que é a representação e também manipulação da informação, tudo isso adicionado a doses de kung fu e cenas de ação alucinantes.
Primeiramente é necessário destacar que na época de seu lançamento, a própria sociedade caminhava para o “mundo online”, que embora já existisse, em alguns lugares ainda começava a caminhar em passos curtos. O que o filme mostra é praticamente o contexto social em que nos encontramos nos dias atuais: uma sociedade conectada praticamente 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas ao invés de estarmos “plugados” pelo cérebro, estamos conectados através de dispositivos móveis como smarphones e tablets, consequentemente sendo bombardeada pelos mais diversos tipos de informação, muitas vezes a “digerindo” sem sequer verificar sua veracidade, se é que isso é possível.
A principal analogia que esse texto pretende apresentar entre o filme e a questão da informação é a pergunta: “o que é real?”. O que podemos considerar real ou não? Quais informações são confiáveis, quais são apenas produtos criados por diversos veículos de comunicação para criar uma confusão informacional e com isso dúvidas da população em relação a um determinado tema? Obviamente que Matrix aborda isso de uma maneira bem mais abrangente, colocando a famosa máxima “cogito ergo sum” (penso logo existo), na qual aborda a própria questão da existência humana, já que em uma suposição, poderíamos realmente sermos parte de uma simulação gerada por computadores inteligentes o suficiente para representar nossa racionalidade em forma de códigos binários.
Em uma escala menor, pode-se analisar a questão do real/virtual voltada para a informação, especialmente que na sociedade contemporânea somos bombardeados por informações vindas de diversas partes, sem sequer sabermos a fonte. Essa análise parte da premissa de que no último mês, devido às manifestações ocorridas em território nacional, oriundas de uma mobilização massiva da população nas redes sociais como Facebook e Twitter, além dos veículos informacionais online, como diversos jornais, fomos expostos à muitas informações de diferentes fontes, gerando um caos na internet e colocando a própria população em dúvida sobre o que estavam protestando. Qual era a informação correta? Em quem acreditar? O que divulgar?
Uma das principais observações ocorridas foi a divulgação de notícias que datavam o ano de 2011, apenas porque estavam em um contexto parecido com o atual. A propagação em massa dessas informações acabava as tornando “reais” perante o olhar de uma parcela da população, que frequentava as redes sociais e não consultava a fonte dessa informação. Diversas pessoas realmente acreditavam em fatos que sequer sabiam a legitimidade, consequentemente difundido para outras pessoas que também passavam a acreditar.
É justamente nesse ponto que podemos fazer uma analogia com o filme Matrix. Muitas das informações são produzidas e manipuladas de forma a fazer  a grande parcela da população acreditar que são reais, sempre tendo algum interesse, seja ele econômico ou político. Isso pode ser notado apenas com uma breve análise do contexto atual do país e das redes sociais online. O que o filme representou foi basicamente o mesmo contexto, apenas ampliado em uma escala global. As máquinas simulavam um mundo no qual as pessoas acreditavam ser real para poderem consumir sua energia vital e com isso continuar sua existência. Portanto, a questão continua sendo a mesma, apenas em patamar “menor”, se é que pode-se chamar assim.
Matrix consegue ser um filme brilhante por isso, por possuir em sua essência diversos temas que podem ser levantados e analisados, de forma subjetiva, muitas vezes sendo “escondidos” pelas cenas de ação e efeitos especiais. Particularmente considero os irmãos Wachowski gênios em termos de visão de mundo, até pelo fato de que o filme foi escrito em 1997-1999 e consegue se manter atual até hoje.

29/06/2013

domingo, 2 de junho de 2013

Legacy of Kain: Soul Reaver


Título: Legacy of Kain: Soul Reaver
Gênero: Adventure      
Plataforma: Playstation, Dreamcast, PC (Windows)
Desenvolvedora: Crystal Dynamics -  Eidos.


A saga continua e dessa vez estamos 1500 anos após Kain ter destruido os pilares de Nosgoth e se tornado o mais poderoso vampiro. Somos apresentados a um novo  e não menos importante protagonista, chamado Raziel, criado por Kain para ser o segundo no comando do império construído. Porém, graças a um infortúnio do destino (será mesmo?), Raziel é jogado nas profundezas de um lago para queimar eternamente. Mas ele volta sedento de vingança e acaba sendo parte de uma das maiores e mais complexas sagas da história do videogame. Soul Reaver mudou totalmente o conceito inicial do primeiro jogo da saga Legacy of Kain, adotando o estilo adventure 3D e é considerado até hoje como um dos principais marcos desse estilo na história do PSX, especialmente por causa da sua jogabilidade e fluidez nos movimentos de Raziel.

História do jogo:

A história de Soul Reaver começa 1500 anos após o término de Blood Omen, no qual Kain, o último suporte dos pilares, escolheu sobreviver e com isso, governar uma Nosgoth corrompida, já que não possuía mais os pilares para manter o seu equilíbrio. A cena inicial mostra Kain sentado em um trono construído justamente na sala dos pilares, quando seu general, Raziel, se apresenta e mostra que sofreu uma uma evolução, claramente deixando Kain perturbado. Raziel desenvolveu asas, semelhantes à asas de morcego, e graças a isso, despertou a inveja profunda de Kain, que após apreciá-las, as arranca e condena seu segundo no comando por traição. Logo após, comanda aos seus oficiais que joguem o ferido Raziel no lago mais profundo de Nosgoth, para que ele fique eternamente queimando, já que vampiros são vulneráveis à agua.
Raziel é arremessado no abismo e permanece submerso por 500 anos, queimando e sofrendo uma punição que sequer sabe a razão ao certo. Porém, é retirado desse sofrimento por uma entidade chamada “elder god”, que possui o controle da “Wheel of Fate” (em português, Roda do Destino), incubindo Raziel de aniquilar Kain e com isso restaurar o equilíbrio dos pilares, outroras esquecidos. Motivado por sua sede de vingança, Raziel aceita a missão e retorna ao mundo como um espectro, que agora ao invés de beber sangue, consome espíritos de pessoas ou seres já mortos, sendo chamado de Soul Reaver. Começa assim a história do segundo, porém não menos importante protagonista da saga Legacy of Kain. Raziel é apresentado a uma Nosgoth destruída, no qual seus “irmãos” foram corrompidos por Kain e sua missão agora é simplesmente destruir todos os seres que algum dia chamou de família. Porém, durante sua missão, ele irá desvendar terríveis verdades envolvendo sua origem e existência.

Impressões e minha experiência:

Confesso que a sensação de jogar Soul Reaver pela 3ª vez me deixou um pouco frustrado. Joguei no ano do seu lançamento, em 1999 e depois joguei também no Dreamcast, que por sinal possui a melhor versão, na minha opinião. De qualquer forma, dessa vez joguei no meu ps3, com a versão do psx, que confesso me arrependi um pouco, pois poderia ter jogado no pc e aproveitado mais a experiência.
Embora o jogo seja um marco na história do PSX, já que na época foi um dos poucos jogos de aventura/exploração em 3d que possuia um personagem com uma movimentação fluída e uma ótima jogabilidade, hoje em dia é apenas um esboço do que os jogos viriam a ser. O gráfico 3D do PSX não envelheceu bem no geral, e certos jogos acabam possuindo um aspecto muito “feio”, se olharmos com a visão atual. Os gráficos de Soul Reaver são muito fracos, e mesmo na época eram considerados até “simplórios” demais, pois como era um jogo grande em termos de cenário, exigia bastante do hardware limitado do PSX.  Essa foi minha primeira impressão quando comecei a jogar, e olha que sou um cara que suporta gráficos antigos na boa.
Porém não vamos jogar apenas pedras no pobre jogo, pois com certeza ele inaugurou uma era e uma saga que se tornou uma das mais famosas e complexas no mundo dos games. Se o jogo peca no quesito gráfico, ganha muito no quesito história, que por sinal é contada com bastante riqueza de detalhes, mostrando o embate constante entre Raziel e seu algoz, Kain, e entre seus “irmãos”. Nessa jogada entendi perfeitamente os diálogos, e pude perceber como o jogo se relaciona com seu antecessor, Blood Omen. Dentre os principais fatos que acontecem no jogo, destaco o diálogo entre Raziel e Kain nos pilares, que dá início à saga da Soul Reaver. É muito interessante ver que Kain não consegue destruir Raziel utilizando sua espada lendária (fato explicado durante Soul Reaver 2)  e como Raziel passa a ter uma simbiose com essa arma. Outro ponto muito interessante foi Raziel descobrindo sua origem como Seraphan, nos túmulos da fortaleza, e observar que apenas um caixão não está lá, que é o de MALEK (Alguém lembra dele no PSX ? Hein hein?). Ele e seus irmãos eram todos Seraphans antes de serem transformados, e pra quem não conhece a história, os Seraphans são inimigos mortais dos vampiros. A aparição de Ariel também é interessante. Aliás, ela aparece em quase todos os jogos, mas não resolve muita coisa.
Como disse anteriormente, Soul Reaver me frustrou um pouco dessa vez, e embora tenha entendido a história de forma muito melhor, não me senti satisfeito jogando-o. Além dos gráficos, achei a jogabilidade muito, mas muito ruim, talvez pior que de Blood Omen. Como é um jogo 3d, e na época ainda não se pensava muito no controle da visão, a rotação da câmera era feita com os botões R2 e L2, ou seja, um verdadeiro inferno para saber o que estava acontecendo. As quedas de frame também atrapalham bastante, e o combate é ruim, mas muito ruim. Acho que a questão do combate é um ponto fraco em todos os games praticamente (Não joguei o Blood Omen 2 nem o Defiance ainda). Esses problemas me fizeram simplesmente terminar o jogo, sequer procurando itens secretos e barras de energia a mais, até porque os chefes são ridículos de fáceis. Tirando esses defeitos, o jogo possui uma dublagem excelente, com atuações convincentes, além da trilha sonora espetacular, dando destaque para a música da fase do Dumah (escute aqui)
Se você estiver com vontade de se aprofundar mais na saga, sugiro que jogue a versão de pc, que é BEM melhor que a original de PSX. Se eu não fosse tão masoquista, a teria jogado. De qualquer forma, é um jogo “obrigatório” para que se comece a jogar Soul Reaver 2 e entender o desfecho (ou não) da história de Raziel. Em breve farei uma análise sobre (já terminei, só preciso escrever).
Abraços a todos!
Algumas imagens do jogo:

Soul Reaver: screenshots


sábado, 25 de maio de 2013

Blood Omen: Legacy of Kain



Título: Blood Omen - Legacy of Kain; 1996
Gênero: RPG/Action
Plataforma: Playstation, PC (Windows)
Desenvolvedora: Silicon Knights / Crystal Dynamics



Blood Omen: Legacy of Kain com certeza é parte de uma das mais complexas sagas do mundo dos games. Para que se entenda a história de forma completa, é necessário que se jogue todos os cinco jogos da série e entender a tamanha confusão envolvendo viagens temporais, paradoxos e eventos caóticos que envolvem o mundo de Nosgoth. Esse é o primeiro jogo da saga, e foi o único que utilizou gráficos 2D e visão de cima, lembrando nosso saudoso Zelda.

História do jogo:


Obviamente que toda saga tem um início, e nesse jogo acompanhamos a história de Kain ainda humano, sendo morto e se transformando em um dos maiores anti hérois da história. O jogo começa com Kain sendo assassinado por humanos e logo depois sendo ressuscitado por um necromante chamado Mortanius e se transformando em um vampiro, que busca vingança e vai atrás dos seus algozes.
Ao longo da história, nos deparamos com o mundo de Nosgoth, seus seres sobrenaturais e também os pilares, que acabam se tornando uma parte essencial da história. Basicamente eles são o equilíbrio do mundo, e graças a eventos acontecidos entre os humanos e os vampiros, esse equilíbrio cai por terra e cabe a Kain ir em busca da restauração, mesmo contra sua vontade. Como a saga possui uma história muito complexa, falar muito acaba estragando a surpresa, pois ao longo do jogo acontecem reviravoltas dos mais diversos tipos. Vale a pena jogar e acompanhar a história e origem de Kain, que veio a se tornar o mais poderoso vampiro já existente.

Impressões e minha experiência:


Terminar Blood Omen foi uma tarefa que completei com satisfação, pois embora o jogo tenha inúmeras falhas, toda a mitologia envolvendo os pilares de Nosgoth e o renascimento de Kain como o vampiro mais poderoso valem a pena de assistir. Eu já tinha terminado esse jogo na época em que foi lançado, porém, não lembrava quase nada da história, até porque em 1996 meu inglês era muito pior do que é hoje, e como o jogo não possui legendas (uma falha atualmente), ficava muito difícil entender o que se passava nos diálogos. Portanto, eu considero essa a primeira vez que terminei Blood Omen.
Dos diversos momentos marcantes na história, confesso que fiquei muito empolgado quando Kain pega pela primeira vez a Soul Reaver (quem jogou toda a saga vai entender), fato que sequer me lembrava, tanto que na hora fiquei “wtf Soul Reaver”, que embora seja uma espada merda no jogo (pois suga seu mana), me deixou com um certo ar de satisfação sabendo que essa espada seria no futuro um dos focos mais importantes da saga envolvendo Kain e Raziel. Outro ponto que curti bastante foram as viagens no tempo, que embora não entrarei em detalhes pra não spoilar, deixam a questão dos paradoxos já bastante claros. Deu a impressão que os criadores já pretendiam criar uma continuação ou prequel, sob essa temática de viagens temporais.
Em relação aos aspectos técnicos do jogo, achei os gráficos decentes pra época, já que jogavámos em televisões CRT e os pixels ficavam bem disfarçados. Um ponto de destaque pra mim foram as dublagens e a trilha sonora do jogo. Os diálogos são muito, mas muito bem feitos, especialmente pra época em que foi lançado, com frases coerentes e explicações diversas sobre a história de Nosgoth e de seus pilares (aprenda Richter Belmont!). Já a trilha dá uma sensação de calmaria às vezes, e outras te deixa com um clima tenso.
Porém nem tudo são flores, e o jogo peca em inúmeros aspectos, especialmente no que diz respeito à jogabilidade e orientação para o jogador. Eu achei a jogabilidade, especialmente nas batalhas, muito, mas muito ruim. A espada não vai pra onde você quer direito, e é impossível lutar corpo a corpo sem apanhar, pois não existe um sistema de defesa ou esquiva, então é uma troca de golpes desenfreada. Já a visão de jogo perde muito com uma barra azul imensa do lado direito da tela, informando seu LIFE e MANA, assim como as armas que você tem equipado. Poderiam fazer estilo Zelda: A Link to the Past e colocarem na parte superior, abrindo mais a tela nas horizontais e permitindo um campo de visão maior, pois a visão padrão do jogo é muito próxima do personagem, e como você enxerga de cima, fica impossível saber a totalidade do mapa e dos inimigos. Isso poderia ser resolvido com a opção já existente de zoom, que é feita com o botão L1; porém, quando a utilizamos, o jogo fica muito distante e sem definição alguma, ou seja, não agrada a gregos nem a troianos. Tive que jogar com o Kain colado na tela muitas vezes, nunca sabendo onde os inimigos vinham. Também existe uma visão panorâmica que funciona até, sendo selecionada com o botão L2, mas infelizmente não salva esse ponto que considero um dos piores do jogo.
A orientação também mata qualquer player menos experiente. Simplesmente o jogo te diz pra onde ir, mas o mapa é muito, muito mal feito, embora bem desenhado, tem uma péssima usabilidade. É tipo dar o mapa da Terra Média e falar “se vira mermão”. Mesmo a visão panorâmica não te ajuda muito. A falta de legendas, embora comum na época, faz uma falta incrível pras pessoas que não entendem bem o inglês falado, até mesmo por causa de diálogos mais complexos. Outro ponto que achei absurdo e sinceramente não entendo como na época aguentei (talvez devido ao costume) foram os loadings. NOSSA, é muito, muito absurdo o tempo de loading para abrir o mapa, para abrir um menu, etc. Mesmo jogando via .ISO no PS3, o loading é muito demorado. Imaginem para os PSX’S “desalinhados” na época?
Enfim, Blood Omen: Legacy of Kain é um jogo muito interessante para os players que curtem a história de mitologia envolvendo essa saga fabulosa de viagens temporais e realidades alternativas, que se extende pro mais quatro jogos: Soul Reaver, Soul Reaver 2, Blood Omen 2 e Legacy of Kain: Defiance. Porém, se você é um jogador já acostumado com a geração PS2 e PS3, esqueça. Os gráficos são bem “feios” e você provavelmente irá se irritar com os loadings. De qualquer forma, pros destemidos, é um jogo muito legal e que vai fazer você ficar irritado algumas horas, especialmente por não saber onde ir.


Prós:
História Fantástica
Diálogos muito bem produzidos
Trilha sonora excelente

Contras:
Não há legendas
Mapa confuso
Opções de Zoom deixam perto ou longe demais
Combate ruim
Loadings simplesmente absurdos

PS: Vou completar toda a saga "Legacy of Kain" na ordem. Já estou jogando Soul Reaver, que é a continuação direta de Blood Omen.
Abraços a todos!

Algumas telas do jogo:

Blood Omen - Screenshots

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Castlevania - Symphony of the Night

Título: Castlevania – Symphony of the Night
Ano: 1997
Gênero: Aventura exploratória – Conhecido como “Metroidvania”
Plataforma: Playstation, Sega Saturn
Desenvolvedora: Konami


Qual o ser humano que joga videogame e nunca ouviu falar da série Castlevania? Desde os tempos remotos do saudoso Nintendo 8 bits que essa série vem fazendo história no mundo dos games, tornando os Belmonts como uma das mais conhecidas famílias caçadoras de vampiros. Porém, nesse jogo, o héroi principal não é um Belmont, mas sim Alucard, o filho “rebelde” do Conde Drácula, inimigo mortal dos humanos. Esse game foi um dos responsáveis pela revitalização do gênero originalmente visto em Metroid e Super Metroid, de Nes e Super Nes, respectivamente. Castlevania SOTN se tornou tão famoso que cunhou um novo tipo de jogo, chamado por muitos de “Metroidvania”, que são os jogos em 2D no qual o principal foco é explorar diversas áreas e descobrir segredos, assim acessando novas áreas. Vamos ao jogo!

História

Como todo game da série Castlevania (pelo menos a grande maioria deles), você se encontra mais uma vez em conflito com o grande inimigo da humanidade, Conde Drácula, ressuscitado novamente para atormentar os pobres mortais e tentar jogar o mundo na eterna escuridão (ô clichê...). A história do jogo se inicia justamente no final do saudoso Castlevania – Rondo of Blood, do PC Engine, mostrando a luta entre o Conde e o caçador de vampiros Richter Belmont, que obviamente o derrota e mais uma vez justifica a fama da família Belmont em acabar com o vilão. Logo após esse prólogo, o jogo se inicia, mostrando que alguns anos se passaram e Richter sumiu misteriosamente. Para as coisas se tornarem mais curiosas, o castelo Castlevania (que é o nome do castelo do Drácula) surge mais uma vez atormentando os moradores da região. E agora? Como faremos sem um Belmont para salvar os humanos?
É ai que entra o filho “bastardinho” do Drácula, que se chama Alucard (uau, super original não?) que decide ir ao castelo e dar cabo de uma vez por todas do seu pai. Vale lembrar que Alucard foi um aliado importante da família Belmont no passado, ajudando Trevor Belmont em sua luta, retratada no jogo Castlevania III – Dracula’s Curse, do Nes (que obviamente irei terminar). Voltando ao game em questão, este começa basicamente começa com a chegada de Alucard no castelo de Drácula e seu encontro inicial com Death, que já de início rouba todos seus equipamentos e te deixa na pindaíba. Daí em diante, cabe ao jogador desvendar o mistério do famigerado Castlevania e descobrir quem está por trás de todos esses eventos.

Impressões

Embora eu já tivesse jogado Castlevania no ano de seu lançamento, em 1997, no meu falecido PSX, joga-lo novamente foi uma experiência diferente e compensadora. Atualmente é bastante difícil sairem jogos legais nesse estilo, que possuam carisma e que te deixem horas a fio procurando e procurando itens para abrir novas áreas. Nessa nova jogada, fiquei quase 2 horas para achar a forma de névoa e de morcego, pois não fazia idéia de onde estavam (fato que na primeira jogada devo ter visto por acaso, pois foi um saco pra achar). De qualquer forma, o jogo te faz querer explorar cada vez mais, graças ao sistema de experiência, que acaba compensando o jogador em matar os mesmos inimigos milhões de vezes. Terminei o jogo com 198,4%, sendo que o total são 200% na versão PSX e se não me engano 200,8% na versão do Sega Saturn (que infelizmente não possuo.. –AINDA- :D). Não tentei fazer 200% pois eram coisas que na minha opinião não iriam afetar a história propriamente dita, já que eu fui na intenção de ver o final real do jogo (que você só consegue abrindo o Castelo invertido).
Dessa vez, graças ao meu PS3 pipipitchu(!!!), consegui jogar o game original japonês traduzido por fãs, que sinceramente, faz parecer outro jogo! Ninguém merece aquele diálogo inicial do Richter falando “Die Monster!”. Sério, é muito, muito ruim! Parece que os dubladores estavam tipo tomando um chá e tal e decidiram “ah vamo dublar essa porra logo”. Os diálogos japoneses são maravilhosos e cheios de emoção. A voz de Death ficou muito, muito boa, e o diálogo final do Drácula ficou muito emocionante. Recomendo a quem jogar nos emuladores, usar a versão japonesa traduzida, para ter uma experiência bem melhor. Quem não jogou esse game, por favor, jogue-o mais rápido possível, pois você está perdendo um dos melhores jogos já produzidos!
Em breve irei terminar outros da saga Castlevania, mas meu foco em vampiros agora será outro, voltado para a série Legacy of Kain, que em breve terão textos aqui!
Abraços a todos!


Algumas imagens:

Symphony of the Night - Screenshots