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domingo, 2 de junho de 2013

Legacy of Kain: Soul Reaver


Título: Legacy of Kain: Soul Reaver
Gênero: Adventure      
Plataforma: Playstation, Dreamcast, PC (Windows)
Desenvolvedora: Crystal Dynamics -  Eidos.


A saga continua e dessa vez estamos 1500 anos após Kain ter destruido os pilares de Nosgoth e se tornado o mais poderoso vampiro. Somos apresentados a um novo  e não menos importante protagonista, chamado Raziel, criado por Kain para ser o segundo no comando do império construído. Porém, graças a um infortúnio do destino (será mesmo?), Raziel é jogado nas profundezas de um lago para queimar eternamente. Mas ele volta sedento de vingança e acaba sendo parte de uma das maiores e mais complexas sagas da história do videogame. Soul Reaver mudou totalmente o conceito inicial do primeiro jogo da saga Legacy of Kain, adotando o estilo adventure 3D e é considerado até hoje como um dos principais marcos desse estilo na história do PSX, especialmente por causa da sua jogabilidade e fluidez nos movimentos de Raziel.

História do jogo:

A história de Soul Reaver começa 1500 anos após o término de Blood Omen, no qual Kain, o último suporte dos pilares, escolheu sobreviver e com isso, governar uma Nosgoth corrompida, já que não possuía mais os pilares para manter o seu equilíbrio. A cena inicial mostra Kain sentado em um trono construído justamente na sala dos pilares, quando seu general, Raziel, se apresenta e mostra que sofreu uma uma evolução, claramente deixando Kain perturbado. Raziel desenvolveu asas, semelhantes à asas de morcego, e graças a isso, despertou a inveja profunda de Kain, que após apreciá-las, as arranca e condena seu segundo no comando por traição. Logo após, comanda aos seus oficiais que joguem o ferido Raziel no lago mais profundo de Nosgoth, para que ele fique eternamente queimando, já que vampiros são vulneráveis à agua.
Raziel é arremessado no abismo e permanece submerso por 500 anos, queimando e sofrendo uma punição que sequer sabe a razão ao certo. Porém, é retirado desse sofrimento por uma entidade chamada “elder god”, que possui o controle da “Wheel of Fate” (em português, Roda do Destino), incubindo Raziel de aniquilar Kain e com isso restaurar o equilíbrio dos pilares, outroras esquecidos. Motivado por sua sede de vingança, Raziel aceita a missão e retorna ao mundo como um espectro, que agora ao invés de beber sangue, consome espíritos de pessoas ou seres já mortos, sendo chamado de Soul Reaver. Começa assim a história do segundo, porém não menos importante protagonista da saga Legacy of Kain. Raziel é apresentado a uma Nosgoth destruída, no qual seus “irmãos” foram corrompidos por Kain e sua missão agora é simplesmente destruir todos os seres que algum dia chamou de família. Porém, durante sua missão, ele irá desvendar terríveis verdades envolvendo sua origem e existência.

Impressões e minha experiência:

Confesso que a sensação de jogar Soul Reaver pela 3ª vez me deixou um pouco frustrado. Joguei no ano do seu lançamento, em 1999 e depois joguei também no Dreamcast, que por sinal possui a melhor versão, na minha opinião. De qualquer forma, dessa vez joguei no meu ps3, com a versão do psx, que confesso me arrependi um pouco, pois poderia ter jogado no pc e aproveitado mais a experiência.
Embora o jogo seja um marco na história do PSX, já que na época foi um dos poucos jogos de aventura/exploração em 3d que possuia um personagem com uma movimentação fluída e uma ótima jogabilidade, hoje em dia é apenas um esboço do que os jogos viriam a ser. O gráfico 3D do PSX não envelheceu bem no geral, e certos jogos acabam possuindo um aspecto muito “feio”, se olharmos com a visão atual. Os gráficos de Soul Reaver são muito fracos, e mesmo na época eram considerados até “simplórios” demais, pois como era um jogo grande em termos de cenário, exigia bastante do hardware limitado do PSX.  Essa foi minha primeira impressão quando comecei a jogar, e olha que sou um cara que suporta gráficos antigos na boa.
Porém não vamos jogar apenas pedras no pobre jogo, pois com certeza ele inaugurou uma era e uma saga que se tornou uma das mais famosas e complexas no mundo dos games. Se o jogo peca no quesito gráfico, ganha muito no quesito história, que por sinal é contada com bastante riqueza de detalhes, mostrando o embate constante entre Raziel e seu algoz, Kain, e entre seus “irmãos”. Nessa jogada entendi perfeitamente os diálogos, e pude perceber como o jogo se relaciona com seu antecessor, Blood Omen. Dentre os principais fatos que acontecem no jogo, destaco o diálogo entre Raziel e Kain nos pilares, que dá início à saga da Soul Reaver. É muito interessante ver que Kain não consegue destruir Raziel utilizando sua espada lendária (fato explicado durante Soul Reaver 2)  e como Raziel passa a ter uma simbiose com essa arma. Outro ponto muito interessante foi Raziel descobrindo sua origem como Seraphan, nos túmulos da fortaleza, e observar que apenas um caixão não está lá, que é o de MALEK (Alguém lembra dele no PSX ? Hein hein?). Ele e seus irmãos eram todos Seraphans antes de serem transformados, e pra quem não conhece a história, os Seraphans são inimigos mortais dos vampiros. A aparição de Ariel também é interessante. Aliás, ela aparece em quase todos os jogos, mas não resolve muita coisa.
Como disse anteriormente, Soul Reaver me frustrou um pouco dessa vez, e embora tenha entendido a história de forma muito melhor, não me senti satisfeito jogando-o. Além dos gráficos, achei a jogabilidade muito, mas muito ruim, talvez pior que de Blood Omen. Como é um jogo 3d, e na época ainda não se pensava muito no controle da visão, a rotação da câmera era feita com os botões R2 e L2, ou seja, um verdadeiro inferno para saber o que estava acontecendo. As quedas de frame também atrapalham bastante, e o combate é ruim, mas muito ruim. Acho que a questão do combate é um ponto fraco em todos os games praticamente (Não joguei o Blood Omen 2 nem o Defiance ainda). Esses problemas me fizeram simplesmente terminar o jogo, sequer procurando itens secretos e barras de energia a mais, até porque os chefes são ridículos de fáceis. Tirando esses defeitos, o jogo possui uma dublagem excelente, com atuações convincentes, além da trilha sonora espetacular, dando destaque para a música da fase do Dumah (escute aqui)
Se você estiver com vontade de se aprofundar mais na saga, sugiro que jogue a versão de pc, que é BEM melhor que a original de PSX. Se eu não fosse tão masoquista, a teria jogado. De qualquer forma, é um jogo “obrigatório” para que se comece a jogar Soul Reaver 2 e entender o desfecho (ou não) da história de Raziel. Em breve farei uma análise sobre (já terminei, só preciso escrever).
Abraços a todos!
Algumas imagens do jogo:

Soul Reaver: screenshots


Um comentário:

  1. esse jogo foi um marco para todos os amantes do psx, passei horas e horas jogando uma pena sou reaver 2 ser fraco hahaha

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